Havia uma grande fazenda nas proximidades da estação ferroviária de Montenegro. Seu proprietário tinha uma grande fortuna que acumulou com anos de muito trabalho. Ele tinha um cavalo branco que era o único ser no qual confiava. Um dia o fazendeiro precisou viajar, mas ficou com receio de que o roubassem. Então colocou toda a sua riqueza em uma caixa e saiu com o cavalo.
O fazendeiro cavalgou até chegar a uma figueira, que existe nas proximidades da RS 287, próximo a Avenida Júlio Renner, onde enterrou a caixa, deixou o cavalo como vigia e seguiu viagem. Os anos passaram e o fazendeiro não voltava, mas o cavalo permanecia em seu posto. Não se sabe o que aconteceu ao homem, mas o fato é que ele nunca mais voltou. E o cavalo morreu onde seu dono o havia deixado.
Dizem que sua vigilância continua mesmo após a morte. Quando alguém se aproxima do local para tentar encontrar o tesouro que está sob as raízes da figueira, aparece o Cavalo Branco ameaçando matar o ladrão com coices ferozes. Há quem afirme que nas sextas-feiras, depois da última badalada da meia-noite, é possível ver o Cavalo Branco. Eles o chamam de Cavalo Imortal, porque ele parece disposto a continuar a espera pelo retorno de seu velho dono.